05/04/2016
Sintomas são alertas do organismo e não devem ser ignorados. Porém, nem todo sintoma é motivo para ir ao pronto atendimento.
Listamos quatro sinais (bem comuns) e explicamos com o que cada um deles pode estar relacionado.
Lembre-se: procure sempre a orientação médica!
Sintoma muito comum: cerca de 70% da população sofrerá com dor nas costas em algum momento da vida. Desses, muitos irão se tornar crônicos – a grande maioria após os 50 anos de idade e sem uma lesão específica.
A lombalgia é provocada por um longo período de sobrecarga sobre as estruturas da coluna vertebral e decorrente da má postura.
Além disso excesso de peso e atrofia muscular contribuem para o aparecimento da dor. Acresce-se que nesses casos o incômodo tende a piorar com os movimentos, como abaixar ou girar o tórax, esforço físico e é aliviada pelo repouso e aplicação de calor no local.
Porém, existem condições nas quais a dor lombar não deve aguardar para ser avaliada e tratada.
Em primeiro lugar é quando a dor é aguda e de forte intensidade. Isso ocorre geralmente de maneira súbita após esforços físicos, como pegar peso excessivo ou muito tempo em uma mesma posição.
Portanto, nestas situações a pessoa consegue controlar a dor com medicações orais em seu domicílio e deve ir ao pronto atendimento para rápido alívio e conforto. Da mesma forma, em alguns casos, a dor pode irradiar para as nádegas ou pernas devido a compressão de raiz nervosa (ciático). Caso esteja associada a dormência ou perda de força na perna traduz uma maior gravidade e urgência.
Semelhantemente duas condições bastante corriqueiras, porém de origem renal, os cálculos renais e a infecções renal (pielonefrite) também são responsáveis pela dor lombar. Suas características são bem diferentes da dor de origem osteomuscular.
Por sua vez os cálculos renais produzem uma dor súbita, de grande intensidade e cólica, podendo irradiar para o abdômen e genitália, associada a suor frio e vômitos. Sua principal característica é que, pelo efeito da cólica, existe um intervalo de alívio entre um episódio e outro da dor.
Em contrapartida a dor da pielonefrite inicia de forma mais lenta, progressiva, tendo em muitos casos a ardência e o desconforto urinário como precedentes. Naturalmente sua dor é contínua e o paciente exibe sintomas sistêmicos como febre, calafrios, vômitos e alterações do aspecto e cheiro da urina.
Fonte: Dr. José Leão Souza Jr., coordenador médico da UPA Unidade Alphaville
A tosse pode estar relacionada a várias doenças, sendo a grande maioria causada por gripes, resfriados, pneumonia, asma, bronquite, faringites, sinusites e inclusive a problemas cardíacos. Ela também pode ser provocada por doenças do aparelho digestivo e algumas vezes por medicações.
Geralmente a tosse é provocada por doenças simples e sem muita gravidade – podendo durar até três a quatro semanas sem ser obrigatoriamente um motivo de preocupação para o paciente.
Nessas situações a consulta no pronto atendimento não é necessária. O alerta pode ser controlado com hidratação e boa alimentação.
Devemos ir ao pronto atendimento quando:
Caso apresente um desses sintomas, procure o médico para uma avaliação e investigação!
A princípio também é provocada por problemas simples e sem a necessidade, na maioria das vezes, de auxílio médico. A coriza pode ser provocada por viroses respiratórias (resfriados e gripes), sinusites, alergias e outras doenças do nariz e cavidades para nasais.
Devemos buscar ir ao pronto atendimento quando:
Fonte: Dr. Mauro Iervolino, coordenador médico, clinico geral, UPA Ibirapuera
A dor abdominal é um sintoma muito frequente e pode acometer, em alguns momentos da vida, qualquer pessoa.
Dores abdominais variam entre leves até muito intensas. Podem ser contínuas ou intermitentes. Ter curta duração (agudas) ou ocorrer ao longo de semanas ou meses (crônicas). São muitas causas possíveis, desde dores provocadas por cólicas intestinais ou mesmo uma distensão muscular (que não são graves) até as condições que requerem atenção médica imediata.
Geralmente, a localização da dor abdominal pode fornecer uma pista importante para a identificação de sua causa. Da mesma forma, em outros momentos, a dor abdominal pode ter causas menos óbvias, mesmo durante um atendimento hospitalar, exigindo investigação para o diagnóstico.
Caso nenhuma das situações acima estiver ocorrendo, agende uma consulta com seu médico se a dor abdominal, mesmo sendo leve, não tiver causa conhecida que não seja preocupante, durar mais do que alguns dias ou mudar de características ou de intensidade.
Até a consulta programada com o seu médico, evite esforços físicos intensos, coma alimentos leves em refeições pequenas e com intervalos curtos, evite tomar analgésicos com ação anti-inflamatória (estes podem causar irritação do estômago, podendo até causar piora da dor abdominal).
Fonte: Israel Szajnbok, coordenador médico do Pronto Atendimento Unidade Perdizes – Higiene Pessoal
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É considerado febre quando a temperatura do corpo está maior do que 37 – 38ºC. A medição da temperatura é feita pela axila por 3 a 5 minutos. Pode ser provocada por: infecção viral ou bacteriana, excesso de agasalho, desidratação etc.
Quando os agentes infecciosos (vírus e bactérias) entram no organismo eles causam muitas reações no nosso sistema de combate ás infecções (sistema imune), produzindo substâncias que vão atingir o cérebro, numa região chamada hipotálamo.
O hipotálamo é o centro que regula a nossa temperatura interna, que normalmente varia de 36,5ºC a 37,2ºC. Quando essas substâncias chegam no hipotálamo, elas alteram a regulação da nossa temperatura para 37,8ºC ou mais, produzindo, assim, a febre.
Por isso a presença de febre na maioria das vezes indica o início de um quadro infeccioso e que frequentemente é auto limitado de origem viral.
O episódio de febre, geralmente abate a criança e é normal ter sintomas junto com ela, como: fraqueza, sensação de frio, mal estar, dor de cabeça, falta de apetite, dor muscular, vômitos e choro. Do mesmo modo, coração fica acelerado e a respiração mais rápida.
As medicações antitérmicas são utilizadas para alívio dos sintomas associados a febre. Os antitérmicos não interferem na evolução do quadro infeccioso. A febre pode ser tratada com medicamentos como dipirona, paracetamol ou ibuprofeno, que vão agir no cérebro, abaixando a temperatura do corpo.
O banho e as compressas não abaixam a febre. Eles são métodos físicos que só trocam o calor do corpo com o ambiente. Eles podem ser feitos depois que foi dada medicação, mas sozinhos, eles não funcionam. E ainda, o banho pode causar mal estar para a criança que está com febre. Não o faça se isso acontecer.
Ofereça bastante líquidos para a criança com febre.
A preocupação com convulsão é muito frequente quando a criança está com febre. Apesar de ser assustadora, se ela acontecer, não tenha medo. Não são todas as crianças com febre que terão convulsão, somente aquelas que têm predisposição. Ela é benigna, não leva a morte e não deixa sequelas.
Fonte: Dra. Adriana Vada Souza Ferreira, pediatria UPA Morumbi
A fim de gerir melhor o pronto atendimento e separar pacientes os pacientes mais graves dos menos graves foi decretado a obrigatoriedade de uma classificação de risco nas unidades de urgência e emergência. Saiba mais sobre classificação de risco.