O que é Sepse, sintomas, tipos e causas

Paciente com sepse grave é operado por medico e médica.

O que é a Sepse?

 

A Sepse é uma infecção na rede sanguínea generalizada que se dá por uma resposta exagerada do sistema imunológico contra uma bactéria,vírus, fungo ou protozoário.

A infecção generalizada pode começar como reação a uma pneumonia, infecção urinária, de intestino ou de pele não tratada.

A sepse pode ser considerada uma infecção grave por ser de difícil diagnóstico, uma vez que é muito confundida com uma infecção comum. A falência dos órgãos e o óbito podem ser consequências quando a doença não é tratada adequadamente.

 

O que causa a Sepse ? 

 

As bactérias são as principais causadoras da Sepse.

Em geral o próprio organismo desenvolve uma infecção generalizada ao tentar combater uma infecção simples. Isso acontece devido a falta de tratamento ou o tratamento mal feito da doença base.

O sistema imunológico responde a enfermidade enviando uma infecção generalizada na corrente sanguínea que pode comprometer vários órgãos que estavam saudáveis anteriormente.

Dados da Sepse no Brasil

 

O Brasil é o país da América Latina com a maior taxa  de mortalidade por Sepse  e essa infecção sanguínea é causadora da ocupação de 25% dos leitos de UTI (Unidades de tratamento intensivo) .

A doença gera altos custos nos sistemas de saúde públicos e privados, pois exige a utilização de equipamentos sofisticados, medicamentos caros e demanda muito esforço da equipe médica.

Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse essa é a principal causa de morte nas UTIs.

Os casos de sepse chegam a aproximadamente  200 mil casos todos os anos. A mortalidade varia de 28 a 60% de acordo com o tipo de Septicemia.

 

Você sabe quais são os grupos mais vulneráveis às infecções generalizadas?

 

Existe determinados grupos de pessoas que são mais suscetíveis a doença por apresentar características propícias para a manifestação da enfermidade.

Os grupos em situação de risco para a Sepse são:

 

  • Crianças pequenas e recém nascidas;
  • Idosos, acima de 65 anos;
  • Portadores de doenças crônicas;
  • Pessoas com imunodeficiência, AIDS,câncer;
  • Portadores de insuficiência respiratória;
  • Pacientes em tratamento intensivo por muito tempo;
  • Portadores de queimaduras e que fazem o uso de sondas,cateteres e tubos intravenosos.

Sepse possivel em classificação de risco automatizada ToLife

Como alguém desenvolve a Sepse?

 

A sepse pode ser tanto uma reação a uma infecção por vírus, bactérias e protozoários, quanto pode ser contraída em ambiente hospitalar.

Na maioria dos casos os enfermos são  pessoas que passaram por grandes períodos de internação e adquiriram a doença no hospital. Quanto menor o tempo com a infecção base, menor a chance de ocorrer Sepse.

Em um quadro de infecção sanguínea, há um desequilíbrio no oxigênio disponível e o consumido pelas células. Essa falta de equilíbrio quando não é corrigida, gera  disfunção em um ou diversos órgãos.

Logo,o sistema circulatório na sepse é incapaz de prover fluxo sanguíneo adequado para as funcionalidades dos órgãos vitais. Sendo assim, falta oxigênio e nutrientes para eles, aumentando o acúmulo de glóbulos brancos no sangue.

Portanto, esse amontoado de alterações impedem a manutenção da pressão arterial adequada, ocasionando uma diminuição do subsídio sanguíneo para os órgãos vitais.

 

Como reconhecer os sintomas ?

Para um tratamento eficaz que evite o agravamento e salve a vida dos pacientes é preciso atenção para a identificar os sintomas da Septicemia o mais rápido possível. Fique atento aos sinais!

Geralmente tem-se os primeiros sintomas da infecção base, problemas no trato urinário, mal-estar, febre. Em casos graves observa-se alteração de consciência, confusão mental, baixa pressão e respiração ofegante. A febre é um sinal que o corpo manifesta de uma possível infecção, por isso se apresentar temperaturas elevadas procure cuidados médicos.

Quanto antes for identificada a Sepse melhores são as chances para o tratamento.

A demora e mau atendimento nos prontos socorros prejudicam o diagnóstico e cura dos pacientes. Para diagnosticar é comum a utilização de métodos de imagem, radiografia, ultrassonografia, ecocardiograma, tomografias computadorizadas e a ressonância magnética.

Esses exames podem ser úteis tanto para o diagnóstico de Sepse, quanto para a avaliação evolutiva da doença.

Outros sintomas de Sepse que podem surgir são:

  • Diminuição da temperatura corporal;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Sonolência, diminuição da produção de urina.

Paciente com artmia cardia causada pela sepse põe as mãos sobre o peito

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estes sinais e sintomas devem ser prontamente valorizados, pois já denotam um comprometimento orgânico importante.

 

Como diferenciar os tipos de Sepse e quais as variações entre eles?

 

Sepse, Sepse Grave e Choque Séptico

Como vimos a Sepse impede que a pressão arterial seja mantida em estado normal e causa uma inflamação generalizada.

A Sepse Grave, por sua vez é um estado mais agudo da enfermidade em que chega menos sangue aos órgãos. A aplicação de soro pode controlar a situação. Nessa fase pode haver alteração no nível de consciência e diminuição no volume de urina. Além de aumentar o risco de mortalidade, os rins e o fígado podem parar de funcionar e o coração ficar mais fraco. Pode acarretar tromboses e hemorragias, levar a coagulação e a falta de oxigenação  dos tecidos, a hipóxia.

O Choque Séptico é a etapa mais avançada da Sepse em que o organismo não respondeu adequadamente aos tratamento nas etapas anteriores ou não foi tratado devidamente. A pressão arterial já não é mais recuperável e o fluxo de sangue ideal para órgãos e tecidos não se regulariza mais. A pessoa deve ser encaminhada para uma unidade de tratamento intensivo e só responderá a medicamentos mais fortes. O encadeamento da  falência circulatória aguda pode levar à morte por choque séptico.

 

Sepse e classificação de risco

A classificação de risco é um sistema que facilita a definição da prioridade clínica no atendimento, ela baseia-se em uma categoria de sinais e sintomas. Este método garante uma atenção médica de acordo com o tempo de resposta determinado pela gravidade do paciente.

Durante a classificação o profissional (enfermeiro ou médico) deve ouvir a queixa principal e fazer o reconhecimento de discriminadores de acordo com o fluxograma mais indicado.

O método de classificação de risco mais comum no Brasil é o Protocolo de Manchester, de acordo com ele, alguns fluxogramas associam queixas comuns a possíveis sintomas de alerta da condição de Sepse.

Portanto, nesses casos alguns procedimentos pós triagem são realizados para identificar Sepse possível e encaminhar ao tratamento adequado.

No entanto abrir o protocolo de sepse deverá ser uma tarefa para outro momento do fluxo de atendimento, posterior a classificação de risco.

Não é função do profissional responsável pela classificação de risco proceder a abertura do protocolo de sepse.

 

Esse procedimento poderia prejudicar o processo de triagem e atrasar  a assistência de outros pacientes em situações clínicas ou pós traumática, igualmente ou mais graves que a Sepse.

Os sinais de SIRS (síndrome da resposta respiratória sistêmica) a ser avaliados nos possíveis casos de Sepse, podem ou não estar disponíveis após a classificação de risco, uma vez que a avaliação de critérios de SIRS não é determinada pelo Protocolo de Manchester.

Alguns dos fluxogramas designam a mensuração de sinais vitais de acordo com a queixa do paciente e com os discriminadores que compõem o fluxograma selecionado.

O profissional de saúde para qual o paciente será encaminhado após ser classificado é incumbido de obter os dados vitais não solicitados durante a classificação de risco.

Em pacientes de prioridade clínica urgente, amarela, ou pouco urgente, verde, e laranja, o enfermeiro em geral é o primeiro profissional a ter contato com o paciente na área assistencial. Este profissional pode dar abertura ao protocolo de sepse, prosseguindo no fluxo de atendimento da instituição.

Em razão disso, sua função é garantir a alta sensibilidade na presença de SIRS e/ou disfunção orgânica, ele direciona o paciente ao médico que decide dar abertura, ou não ao protocolo de Sepse.

O médico deve sempre trabalhar com eficiência, evitando o desperdício de recursos.

Em contrapartida, quando as classificações forem vermelho ou laranja, geralmente o paciente é primeira e diretamente atendido pelo médico. Nesses casos é função do médico interpretar corretamente a suspeita de sepse e  fazer a abertura do protocolo quando necessário.

Veja no Fluxogramas abaixo o processo de decisão:

Fluxograma de atendimento e classificação de risco em caso de sepse possível.

 

Classificação de risco em menos tempo e com maior assertividade garante a qualidade do cuidado. Possuímos discriminadores para Sepse possível. Fale com um de nossos especialistas!

 

Os principais tratamentos para Sepse

 

Para o tratamento de Sepse é necessário ter consciência da situação evolutiva da doença. Os cuidados envolvem aplicação de antibióticos e soros por meios endovenosos, controle da glicemia e suporte nutricional, uma vez que os enfermos podem possuir problemas no trato intestinal. Por isso é necessário a administração de nutrientes para evitar a desnutrição.

Semelhantemente a terapia anticoagulante com a presença da proteína C e a ventilação mecânica são indicadas para muitos enfermos com Sepse e em decorrência de insuficiência respiratória aguda. Além das recomendações de aplicação de medicamentos que aliviam a pressão dos vasos sanguíneos.

Dessa forma, todo paciente com diagnóstico de Sepse deve ser avaliado quanto à possível presença de um foco infeccioso que demande alguma intervenção cirúrgica. O controle do foco deve sempre ser feito por retirada de próteses e outros dispositivos infectados, por meio de drenagem de abscessos e outros.

 

Afinal é possível prevenir a Sepse?

 

Existem alguns cuidados que podem evitar contrair a Sepse, tais como:

  • Lave bem as mão e mantenha a higiene pessoal, tenha hábitos saudáveis como uma boa alimentação, com todos os nutrientes necessários para manter o bom funcionamento do corpo;
  • Faça exercícios físicos com regularidade;
  • Fique atento e tome todas a vacinas recomendadas,para se manter imune contra vírus e bactérias;
  • Mantenha doenças crônicas sob controle;
  • Não faça automedicação;
  • Caso desconfie de estar com a doença vá ao pronto atendimento informando os sintomas e a suspeita de Sepse;
  • E caso visite alguém em um hospital lave sempre as mãos e passe álcool em gel.

 

Com um sistema de classificação de risco totalmente automatizado você identifica os casos de Sepse muito mais rápido. Conheça agora nossas soluções em saúde!

Compartilhe esse Post